Amúsica Francófona
"Já fazia um bom tempo que os franceses não viam uma artista rindo na chanson francesa". Foi com este desabafo que o crítico da RFI, concluiu a resenha de “Mes fils d’encre”, primeiro álbum da cantora Clara Plume, lançado em março de 2010, e que desde o lançamento foi coberto de elogios.
O disco começa com o grito “J’suis pas une femme parfaite” e termina com a transtornadora “Je resterai”. Neste ínterim ela vai revelando cada uma das suas faces: de cantora, slameuse (performance poética que enfoca as palavras e seus ritmos) e de comediante.
Na opinião dos críticos, para quem a artista tem une salutaire gaieté, ela tem um quê de Juliette Gréco, Catherine Ringer, ou mesmo de Lily Allen. Saad Tabainet foi mais longe e disse que a cantora lembrava um pouco a Piaff. O sucesso repentino surpreendeu até a jovem cantora que foi contratada pela Mercury, depois de derrotar 800 candidatos no concurso de jovens talentos, La Fête de La Chanson, com a canção "Les p’tits plaisirs".
Na mesma ocasião do evento, conheceu o compositor Saad Tabainet, para quem mostrou uma de suas composições. Impressionado, disse que o estilo lembrava Edith Piaff, e que ela deveria apenas dar uns toques mais modernos a suas produções. A coletânea de textos originou o álbum Mes fils d’encre, lançado em 2010. Apesar do êxito, Plume ainda acha muito cedo para ser considerada uma cantora, preferindo ser chamada simplesmente de artesã, pelo cuidado com que trabalha as letras e os arranjos de suas músicas, ou “em todo caso, apenas uma pessoa que se exprime”, como ela mesma diz. Para quem não entendeu, Clara explica, “para mim, cantar é uma arte construída minuto por minuto, hora por hora".
Confira a íntegra deste artigo no blog Amúsica Francófona. Lá é possível, também, assistir o clipe de Les P´tits Plaisirs.
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