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Um dos nomes mais importantes da história da fotografia, o francês Hercules Florence (1804 -1879), é tema da exposição Hercules Florence e o Brasil: o percurso de um artista-inventor, que acontece na Pinacoteca do Estado de São Paulo, de 12 de dezembro a 14 de março. O evento exibe cerca de 180 obras, entre aquarelas, desenhos, documentos e manuscritos referentes a diversos períodos da vida do artista.
Segundo a curadora da exposição e bisneta de Hercules, Leila Florence, o objetivo é "tocar as pessoas pelo gênio que ele foi". Para o professor e fundador do MASP, Pietro Maria Bardi (1900-1999), ele era o 'Leonardo da Vinci do Brasil'. Apesar de francês, viveu a maior parte de sua vida no Brasil, onde chegou em 1824, para fazer diversas expedições, principalmente indianistas.
Segundo a curadora da exposição e bisneta de Hercules, Leila Florence, o objetivo é "tocar as pessoas pelo gênio que ele foi". Para o professor e fundador do MASP, Pietro Maria Bardi (1900-1999), ele era o 'Leonardo da Vinci do Brasil'. Apesar de francês, viveu a maior parte de sua vida no Brasil, onde chegou em 1824, para fazer diversas expedições, principalmente indianistas.
Florence conseguiu misturar ciência e arte, usando materiais que nenhum outro pesquisador utilizou naquela época, como o nitrato e o cloreto de prata. Uma das técnicas mais utilizadas por ele eram os "Painéis Transparentes de Luz" (em francês conhecidos como Tableaux Transparents de Jour), que davam maior contraste às imagens. Esta modalidade existe desde o final do século 18 e compreende a representação de uma cena em aquarela sobre papel, onde são feitos orifícios nas áreas em que se pretende dar maior luminosidade. Monta-se a obra colocando uma fonte de luz por trás. "Uma das minhas obras preferidas, 'Acampamento ao luar', de 1836, tem uma lua e o reflexo sobre o mar é feito com furos milimétricos realizados com alfinetes", diz Leila.
A notabilidade e o nome de Florence seriam ainda mais eminentes se ele tivesse ficado na Europa. É o que defende Leila: "Eu tenho certeza de que se ele não estivesse no Brasil, a história teria sido outra. O irmão dele, Fortuné, foi convidado pelo então príncipe de Mônaco para morar no castelo e durante 25 anos a família viveu no palácio. Então, ele (Hercules) teria meios de se projetar."
Ao saber que Louis Daguerre foi reconhecido como o primeiro pesquisador a fixar uma fotografia com o daguerreótipo, Florence ficou ressentido. Leila conta que a atitude do bisavô foi abandonar as pesquisas com a fotografia. Mas, certamente, Florence será sempre lembrado como um importante precursor e pesquisador desta área.
Hercules Florence e o Brasil: o Percurso de um Artista-Inventor
Pinacoteca do Estado
Praça da Luz, 2 - São Paulo
de 12 de dezembro à 14 de março
http://revistacult.uol.com.br/novo/site.asp?edtCode=2BBF9F8E-A71C-46C2-A6D8-5B728D6C3013&nwsCode=A79140BD-A833-4199-A3DB-E9911C875039
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