quarta-feira, 31 de março de 2010

Silvia Monteil fala ao Diário do Comércio sobre e-commerce

Silvia Monteil, diretora comercial da Livraria Francesa, fala sobre e-commerce ao Diário do Comércio, em reportagem de Alice Sosnowski publicada em 29/03/10. Confira a entrevista abaixo.


Oportunidade segmentada

"Sabemos que nossos clientes buscam mais do que livros: eles querem informações qualificadas", disse Silvia Monteil, proprietária da Livraria Francesa.O comércio de nicho não é novidade no mundo off line. Lojas especializadas em produtos diferenciados, voltadas a um público que sabe exatamente o que precisa, sempre tiveram seu espaço no varejo. A diferença era que, para se fazerem conhecidas, elas contavam com a divulgação boca-a-boca de clientes ou pagavam publicidade em revistas e eventos segmentados.

Com a expansão da internet, o alcance dessas lojas aumentou exponencialmente. Hoje, basta uma busca no Google para se encontrar os mais diferentes produtos que vão de bolos personalizados a computadores usados. Numa das áreas mais concorridas do e-commerce – a venda de livros – a Livraria Francesa encontrou seu espaço explorando o nicho de quem gosta da cultura europeia. Há menos de dois anos, a proprietária Silvia Monteil desistiu de montar sua terceira loja física para investir no comércio eletrônico. Com a expertise de anos de trabalho na venda de livros franceses e um amplo conhecimento das demandas de seu público, a livraria não teve dificuldades em ganhar terreno na web. "Hoje, as vendas da loja virtual se igualam às duas lojas físicas", explica Silvia. Para ela, a grande vantagem foi ampliar seu público para todo o Brasil. "Dos consumidores da livraria virtual, 60% são novos clientes que sem a web não nos encontrariam", afirma.

Para fazer frente aos grandes varejistas, a Livraria Francesa aposta no atendimento personalizado. "Muitos clientes ligam para buscar informações, indicações de novos autores", conta Silvia. A livraria também mantém um blog sobre cultura francesa que dá dicas de livros e autores consagrados. "Temos um público exigente, formado por estudantes, professores e amantes da cultura francesa. Sabemos que nossos clientes buscam mais do que livros: eles querem informações qualificadas", explica.

Com um discurso alinhado aos desejos dos consumidores, o comércio de nicho online cresce e assume uma lacuna que os grandes varejistas não ocupam. Segundo o analista de marketing digital, Leonardo Cabral, a internet é uma ótima opção para os lojistas especializados expandirem suas vendas. Mas o empreendedor deve se ater às características peculiares do meio virtual, como uma tecnologia eficiente e um marketing diferenciado. "Além de um bom site, é preciso se tornar encontrável, seja em mecanismos de busca ou comparadores de preço". Para o consultor, a grande vantagem do comércio de nicho é a facilidade de vender os produtos para um público geograficamente distribuído. "A web é um canal privilegiado, que vai além da porta da loja", afirma Cabral.

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