Virginie Despentes não levou o Goncourt - de fato, bater Houellebecq, tido por muitos como o grande favorito ao prix, seria muito difícil. Mas esta escritora que, tal como o autor de La Carte et le Territoire, é dona de uma literatura vigorosa e polêmica, não ficou de mãos vazias em 2010. O júri do Renaudot du Roman do ano fez justiça a Despentes e lhe conferiu o célebre prêmio. (Veja a apresentação que Sean James Rose faz de Despentes em LivresHebdo).
Fundado em 1926, o Renaudot já consagrou nomes como Irène Némirovsky, Marcel Aymé, Ahmadou Kouroma e Annie Ernaux. O bouquin laureado de Despentes - Apocalypse Bébé (Grasset)-, agora, figura entre grandes obras da literatura romancesca francófona, como La Modification, de Michel Butor, Le Procès-Verbal, de J. M. G. Le Clezio e Le Lézard, de Edouard Glissant.
O Renaudot 2010 do Ensaio foi para o jornalista Mohammed Aïssaoui por seu L´Affaire de l´Esclave Furcy (Gallimard). Aïssaoui bateu, no escrutínio final, Michel Onfray - que concorria ao prêmio com o indigesto Le Crepuscule d´une Idole (Grasset) - e Charles Dantzig - autor do já premiado Pourquoi lire ? (também publicado pela Grasset). O Renaudot dos Livros de Bolso coroou L´Origine de la Violence (Le Livre de Poche), de Fabrice Humbert.
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